Drogas - Informações Gerais - Tipos: LSD
Perturbadores ou alucinógenos sintéticos são substâncias fabricadas (sintetizadas) em laboratório, não sendo, portanto, de origem natural, e que são capazes de provocar alucinações no ser humano. Vale a pena recordar um pouco o significado de alucinação: “é uma percepção sem objeto”. Isso significa que, mesmo sem ter um estímulo, a pessoa pode sentir, ver, ouvir. Como exemplo, se uma pessoa ouve uma sirene tocando e há mesmo uma sirene perto, ela está normal, agora, se ela ouve a sirene e não existe nenhuma tocando, então está alucinando ou tendo uma alucinação auditiva.Da mesma maneira, sob a ação de uma droga alucinógena, ela pode ver um animal na sala (por exemplo, um elefante) sem que, logicamente, exista o elefante na sala, ou seja, a pessoa tem uma alucinação visual.
O LSD-25 (abreviação de dietilamina do ácido lisérgico) é, talvez, a mais potente droga alucinógena existente. É utilizado habitualmente por via oral, embora possa ser misturado ocasionalmente com tabaco e fumado. Alguns microgramas são suficientes para produzir alucinações no ser humano.
Mecanismo de ação
O LSD atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro, trazendo como consequência uma variada gama de alterações psíquicas. A experiência subjetiva com o LSD e outros alucinógenos depende da personalidade do usuário, de suas expectativas quanto ao uso da droga e do ambiente onde é ingerida.
Enquanto alguns indivíduos experimentam um estado de excitação e atividade, outros se tornam quietos e passivos. Sentimentos de euforia e excitação (“boa viagem”) alternam-se com episódios de depressão, ilusões assustadoras e sensação de pânico (“má viagem”).
O LSD é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente – cores, formas e contornos alterados –, além de sinestesias, ou seja, estímulos olfativos e táteis parecem visíveis e cores podem ser ouvidas. Outro aspecto que caracteriza a ação do LSD no cérebro refere-se aos delírios. Estes são o que chamamos “falsos juízos da realidade”, isto é, há uma realidade, mas a pessoa delirante não é capaz de avaliá-la corretamente. Os delírios causados pelo LSD geralmente são de natureza persecutória ou de grandiosidade.
Efeitos no organismo
O LSD tem poucos efeitos sobre outras partes do corpo. Logo de início, 10 a 20 minutos após tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas podem ficar dilatadas, além de ocorrer sudoração, e a pessoa pode sentir-se com certa excitação. Muito raramente, têm sido descritos casos de convulsão. Mesmo doses muito altas de LSD não chegam a intoxicar seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico.
O perigo do LSD não está tanto em sua toxicidade para o organismo, mas sim no fato de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar situações comuns de perigo. Isso ocorre, por exemplo, quando a pessoa com delírio de grandiosidade se julga com capacidades ou forças extraordinárias, sendo capaz de, por exemplo, voar, atirando-se de janelas; com força mental suficiente para parar um carro em uma estrada, ficando na sua frente; andar sobre as águas, avançando mar a dentro.
Há também descrições de casos de comportamento violento, gerado principalmente por delírios persecutórios, como no caso de o usuário atacar dois amigos (ou até pessoas estranhas) por julgar que ambos estão tramando contra ele.
Ainda no campo dos efeitos tóxicos, há também descrições de pessoas que, após tomarem o LSD, passaram a apresentar por longos períodos de intensa ansiedade, depressão ou mesmo acessos psicóticos. O “flashback” é uma variante desse efeito a longo prazo: semanas ou até meses após uma experiência com LSD, a pessoa repentinamente passa a ter todos os sintomas psíquicos daquela experiência anterior, sem ter tomado de novo a droga.
O “flashback” é geralmente uma vivência psíquica muito dolorosa, pois a pessoa não estava procurando ou esperando ter aqueles sintomas, e assim eles acabam por aparecer em momentos bastante impróprios, sem que ela saiba por que, podendo até pensar que está ficando louca.
Consequência do uso
O fenômeno da tolerância desenvolve-se muito rapidamente com o LSD, mas também há desaparecimento rápido com a interrupção do uso. O LSD5 não leva usualmente a estados de dependência e não há descrição de síndrome de abstinência se um usuário crônico para de consumir a droga.
Assim como outras drogas alucinógenas, o LSD pode provocar dependência psíquica ou psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente usa essas substâncias como “remédio para os males da vida” acaba por se alienar da realidade do dia a dia, aprisionando-se na ilusão do “paraíso na Terra”.
Fontes de Pesquisa