Drogas - Informações Gerais - Prevenção
De acordo com o Ministério da Justiça, as ações preventivas devem ser pautadas em princípios éticos e pluralidade cultural, orientando-se para a promoção de valores voltados à saúde física e mental, individual e coletiva, ao bem-estar, à integração socioeconômica e a valorização das relações familiares, considerando seus diferentes modelos.Assim, a prevenção ao uso de drogas é um trabalho desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros. Confira a Legislação.
Segundo o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (OBID), são apresentadas ações específicas de prevenção aplicada ao fenômeno das drogas, voltadas para a transmissão de informações, servindo de base para a criação de atitudes, valores e consolidação de comportamento, entre família, escola e comunidade.
* Família
É a célula formadora da comunidade, portanto, não é possível desenvolver ações preventivas na comunidade sem que ela participe. Tanto a família quanto a escola são parte de um grupo maior que chamamos comunidade. Cada comunidade, como cada família, ou cada escola, tem sua história, sua localização, seus valores, seus projetos e seus problemas.
* Escola
A atuação da escola dirige-se ao conjunto dos alunos, a chamada “prevenção universal”. Cabe especificamente à escola participar do trabalho de prevenção, ou seja, antecipar-se à experimentação, por meio de ações com o objetivo de evitar problemas decorrentes do uso de risco.
Qual seria o papel da escola no enfrentamento de um problema tão amplo e disseminado como o uso de drogas?
1 – É na adolescência que as pessoas realizam maior número de experiências. Essa é a clientela das escolas.
2 – A escola é o espaço no qual os adolescentes vivem muito tempo de suas vidas.
3 – A escola é um ambiente privilegiado para reflexão e formação de consciência.
4 – A escola sempre teve sob sua responsabilidade papéis culturais.
Os educadores devem estar conscientes, no entanto, de que existem, entre os alunos, aqueles que já têm problemas com o uso de drogas. Para eles, podem ser previstas ações de prevenção, às vezes, fora da sala de aula, procurando reverter o processo ou evitar que o uso se torne crônico, agravem-se seus danos ou se torne dependência.
Não se trata, portanto, de um trabalho pontual diante da constatação de consumo de drogas naquela unidade escolar, mas de uma decisão de atuar na formação integral dos alunos de acordo com as circunstâncias do mundo de hoje, sendo o uso indevido de drogas um dos aspectos a considerar.
O trabalho de prevenção terá mais probabilidade de sucesso se:
- for integrado ao currículo escolar;
- for desenvolvido cooperativamente;
- aproveitar os diferentes recursos humanos e materiais da escola e da comunidade em que ela está inserida;
- usar espaços já criados ao invés de tentar encontrar novos espaços, o que favorece a aceitação das intervenções propostas;
- planejar ações que possam ser desenvolvidas com continuidade;
- envolver toda a escola gradativamente;
- preparar bem os professores para lidar com seus medos e preconceitos;
- respeitar a cultura específica da comunidade;
- identificar os fatores de risco dentro da sua realidade.
Também não se trata de acumular mais uma tarefa no já sobrecarregado cotidiano do professor. A prevenção ao uso de drogas é uma tarefa integrante da sua função educacional, fazendo parte do seu projeto pedagógico. Quando compartilhada pelos educadores, pode ser percebida num contexto de construção da responsabilidade social do grupo de alunos.
* Comunidade
Ao pensar em prevenção na comunidade, deve-se olhar para o que já foi construído e planejar ações a partir do que se tem.
1. Um programa será mais eficiente se ele não for uma iniciativa isolada.
2. É importante obter o apoio das escolas, dos locais de trabalho e de recreação, igrejas e grupos comunitários.
3. O apoio da instituição ou da comunidade permite ações mais amplas.
4. Não existe um modelo predefinido, o que existe são algumas diretrizes, que devem emanar dos problemas com drogas existentes na realidade local.
5. Os programas, sempre que possível, devem abranger os três níveis de prevenção: primária, secundária e terciária.
6. Os programas devem fornecer informações e estimular mudanças de comportamento.
7. Os programas devem ser interativos; grandes discursos e grandes palestras só fazem bem aos palestrantes.
8. Os programas devem ter continuidade. Uma ação pontual serve somente para problemas pontuais.
9. Todos devem participar, desde a elaboração dos objetivos, identificação de recursos e apoio até a execução e, principalmente, no dia a dia do programa.
Fontes de Pesquisa